Herbolária: Cravo da Índia e seus usos místicos

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Cravo da Índia

Atenção: Não confundir com a flor Cravo (Dianthus caryophyllus)

Outros nomes populares: craveiro-da-índia, cravina-de-túnis, cravo-de-cabecinha, cravoária, rosa-da-índia.
Parte utilizada: botões florais secos.
Planeta: há referencias que falam que ela é uma planta ligada ao Sol e outras falam que é ligada a Júpiter
Elemento: fogo
Energia: masculina
Cores: vermelho, marrom
Signo: Touro e Sagitário
Usos mágicos: negócios, cura, energizar, dinheiro, sucesso, proteção, amor, dinheiro, limpeza, dissolve a negatividade, exorciza e bane o mal.
Propriedades medicinais: afrodisíaca, anti-séptica, aperiente, bactericida, digestiva, excitante, repelente de inseto, sudorífico, tônico estamáquico, tônico estimulante.
Indicações: dor de dente, inflamação na garganta, rouquidão, gases, higiene bucal, micose de unha, vermes, vias respiratórias.
Modo de usar: infusão dos botões florais secos, óleo, incenso.
Família: Myrtaceae.
Sinônimos botânicos: Caryophyllus aromaticus L., Eugenia aromatica (L.) Baill., Eugenia caryophyllata Thunb., Jambosa caryophyllus (Sprengel) Nied., Myrtus caryophyllus Spreng., Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry.
Principios Ativos: Eugenol, acetato de eugenol, beta-cariofileno, ácido oleânico, triterpeno, benzaldeído, ceras vegetais, cetona, chavicol, resinas, taninos, ácido gálico, esteróis, esteróis glicosídicos, kaempferol e quercetina.
Habitat: Ásia tropical. No Brasil é cultivado nas regiões quentes do sul do Bahia, sombreando os cacaueiros, no litoral norte e interior do estado de são Paulo.
Toxicologia: Não se deve exagerar no consumo do cravo. Ele pode irritar a mucosa da boca. Quem tem o estômago mais sensível também deve usá-lo com moderação. Pode provocar contrações na musculatura do útero sendo, portanto, contra-indicado para gestantes. O uso externo pode causar eventuais reações alérgicas em pessoas sensíveis. O óleo essencial pode causar irritação na pele.
Efeitos colaterais: O óleo de cravo-da-índia pode irritar ou causar sensibilidade a pele e a membranas mucosas. Escarro contendo sangue e hemoptise (expectoração sanguinolenta na tosse) foram observados em pessoas que fumam cigarros de cravo-da-índia.

O cravo tem sido utilizado, há mais de 2000 anos, na culinária e em remédios e, ainda hoje, está presente como matéria-prima na indústria farmacêutica, cosmética e odontológica pois seu óleo tem propriedades antissépticas.

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A planta

muda de cravo da india

O cravo-da-índia é uma planta de porte arbóreo, de ciclo perene e que atinge cerca de 12 metros de altura. A copa é bem verde, de formato piramidal.
As folhas são semelhantes às do louro, ovais, opostas e de coloração verde brilhante, com numerosas glândulas de óleo visíveis contra a luz.
As flores são pequenas, branco amareladas, agrupadas em cachos terminais.
O fruto é do tipo baga e de formato alongado, suculentos, vermelhos e comestíveis, aroma forte e penetrante.

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História

Os cravos-da-índia tem uma longa história de uso culinária e medicinal. O nome científico antigo deriva da palavra grega “karyophyllon” que significa “folha-noz”. Vem da China a primeira indicação do uso do cravo-da-india como condimento, remédio e elemento básico para elaboração de perfumes especiais e incensos aromáticos. Os chineses também acreditavam que o cravo era um potente afrodisíaco.

Na China, era então conhecido por “ting hiang” e na dinastia Han (206 a.e.c. – 220 d.e.c.) seus frutos foram levados para a corte do imperador por enviados da ilha de Java. Conta-se que os próprios javaneses mantinham um pequeno fruto na boca para melhorar o hálito, antes de ir falar pessoalmente com o imperador.

No século 16, quando chegaram as Ilhas Molucas, os Portugueses imediatamente dominaram as plantações. Esse monopólio fez com que o preço do cravo-da-india no mercado ficasse muito alto, naquela época, um quilo de cravo equivalia a sete gramas de ouro. Os holandeses que sucederam aos Portugueses agiram da mesma forma e ganharam o monopólio ao destruir todos os craveiros-da-india, exceto aqueles que cresciam em uma ilha de sua propriedade.

Finalmente, a França rompeu o monopólio e, no começo do século XIX, a planta já era cultivada em grandes plantações em muitas regiões tropicais.

Ele foi trazido para o Brasil pelos Portugueses há 300 anos e é cultivado em regiões quentes: O óleo já foi usado como expectorante e antiemético, porém com resultados clínicos inconsistentes. O chá do cravo-da-índia foi usado para aliviar a náusea. O uso do óleo na odontologia como um analgésico e um antisséptico local e ainda presente na odontologia moderna. O óleo também tem sido usado tipicamente como um contra irritante.

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O Plantio do Cravo da Índia

O seu cultivo é feito por sementes que caem das árvores e colocadas em caixotes com serragem úmida. A germinação tem início após o oitavo dia e as mudas devem ser colocadas em caixotes ou sacos plásticos com terra vegetal, permanecendo sob ripados por uma ano, após o que deve ser transplantadas. De preferência, o solo deve ser rico em matéria orgânica, úmido e bem drenado, em locais com temperaturas médias anuais acima de 20 C.

Começa a produzir máxima depois de 14 anos. Os botões florais devem ser colhidos quando sua coloração passa do verde pálido para um tom róseo avermelhado, o que ocorre, geralmente, entre os meses de novembro e fevereiro. Seu aroma quando seco é muito agradável.

Cultivo: Planta da Ásia, atinge 20 metros de altura quando cultivada não passa dos 5 metros. Cultiva-se em regiões quentes, da Bahia a São Paulo, prefere solos ricos em matéria orgânica, úmidos e bem drenados. As mudas formadas até 1 ano, devem ir para o local definitivo em espaçamento de 8m X 8m.
Colheita: Colhem-se os botões florais na época da floração o que ocorre depois dos 5 anos.
Modo de conservar: As flores são colhidas ainda em botão e devem ser colocadas para secar ao sol por cerca de 4 dias, até adquirirem uma coloração escura. Devem ser acondicionadas em recipientes de vidro ou porcelana.


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